quinta-feira, 26 de abril de 2012

Classificação do Relevo Brasileiro


   
Em 1989, o professor Jurandyr Ross, elaborou uma outra classificação mais completa, baseado nos estudos de Ab’Saber e na análise de imagens de radar obtidas pelo projeto Radambrasil, que constituiu num mapeamento completo e minucioso do território brasileiro e dessa vez, usando critérios geomorfológicos, identificando três tipos de relevo, além dos planaltos e planícies, as depressões que são áreas rebaixadas por erosão em relação as superfícies e terrenos vizinhas.





Os Planaltos continuaram dominando o território brasileiro, só que passaram a ser subdivididos em:
Planalto em bacias sedimentares – são os planaltos da Amazônia Oriental (Amazônia e Pará), os planaltos e chapadas da bacia do Parnaíba (Pará, Maranhão e Piauí) e da bacia do Paraná (Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul);
Planaltos em intrusões e coberturas residuais de plataforma - são os chamados escudos cristalinos. Temos como exemplo o Planalto Norte-Amazônico (chamado de Planalto das Guianas nas classificações anteriores);
Planaltos dos cinturões orogênicos – originaram-se da ação da erosão sobre os dobramentos sofridos na era pré-cambriana. São as Serras do Mar, da Mantiqueira, do Espinhaço e as Serras do atlântico Leste-Sudeste; 

Planaltos em núcleos cristalinos arqueados – isolados e distantes um dos outros, possuem a mesma forma arredondada. São o Planalto da Borborema e o Planalto Sul-Rio-Grandense;
As depressões se formaram no limite das bacias sedimentares (planícies) com os maciços antigos (planaltos) devido a processos erosivos, rebaixaram o relevo, principalmente na Era Cenozóica. São onze no total que recebem denominações diferentes conforme sua localização. Temos as Depressões Periféricas, as Depressões Marginais e as Depressões Interplanálticas.
Finalizando a classificação do relevo brasileiro, temos as planícies (bacias sedimentares), que passaram a ocupar uma porção bem menor do território brasileiro. Surgem as planícies costeiras e as planícies continentais (Planície do Pantanal e as planícies flu viais junto aos rios).
Assim esse conjunto de relevo brasileiro, passou a ser composto por 28 unidades, divididos em onze planaltos, onze depressões e seis planícies, que são:
    PLANALTOS
  1. Planalto da Amazônia Oriental
  2. Planalto Residual Norte Amazônico
  3. Planalto Residual Sul Amazônico
  4. Planalto e Chapadas da Bacia do Parnaíba
  5. Planalto e Chapadas da Bacia dos Parecis
  6. Planalto e Chapadas da Bacia do Paraná
  7. Planalto e Serras do Atlântico Leste e Sudeste
  8. Planalto e Serras de Goiás-Minas
  9. Serras Residuais do Alto Paraguai
  10. Planalto da Borborema
  11. Planalto Sul-Rio Grandense
    DEPRESSÕES
  12. Depressão da Amazônia Ocidental
  13. Depressão Marginal Norte-Amazônica
  14. Depressão Marginal Sul-Amazônica
  15. Depressão do Araguaia
  16. Depressão do Tocantins
  17. Depressão Cuiabana
  18. Depressão do Alto Paraguai-Guaporé
  19. Depressão do Miranda
  20. Depressão Sertaneja e do São Francisco
  21. Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná
  22. Depressão Periférica Sul-Rio Grandense
    PLANÍCIES
  23. Planície do Rio Amazonas
  24. Planície do Rio Araguaia
  25. Planície e Pantanal do Rio Guaporé
  26. Planície e Pantanal Mato Grossense
  27. Planície da Lagoa dos Patos e Mirim
  28. Planície e tabuleiros litorâneos

segunda-feira, 23 de abril de 2012

domingo, 22 de abril de 2012


Nosso Planeta está sendo sufucado.


Video do teatro Giramundo - assoreamento

Atividade cruzadinha 2º ano E.M.B


 Atividade

  Horizontais

1 – O nome do último país a entrar na corrida Neocolonialista.
4 – Sinônomo de instituição financeira. Foi responsável por financiar os investimentos das empresas no capitalismo depois de 1880.
6 – Complete a lacuna: No Neocolonialismo as empresas buscavam matérias-primas para as suas empresas funcionarem. Entre as matérias-primas procuradas existia o carvão e o ________.
7 – Nome da nação pioneira da Primeira Revolução Indsutrial e que era a maior nação industrializada do mundo antes da Segunda Revolução Industrial.
11 – O nome do país que tomou a frente da Europa na produção de aço, equipamentos elétricos e científicos na Segunda Revolução Industrial.
12 – Complete a lacuna: O homem branco estava em uma missão ___________ que levaria aos povos “atrasados” as ciências e as indústrias.

Verticais

2 – Nesse tipo de associação: todas as fábricas de papel da cidade uniram-se abrindo uma cadeia de fábricas de papel com o mesmo nome. Detalhe todas perteceram ao mesmo dono deixando de ser independentes entre sí.
3 – Complete a lacuna: Na Livre _______________ diz que no capitalismo as empresas são livres para concorrer entre sí. Assim o consumidor pode aproveiar a concorrência e escolher o melhor lugar para comprar.
5 – Como eram conhecidas as famílias que controlaram a industrialização do Japão?
8 – O nome do país que teve sua industrialização financiada pelos investimentos estrangeiros principalmente do capital francês.
9 – Complete a lacuna: A rápida industrialização da Alemanha procupava países como a Inglaterra e a _________.
10 – Colônia britânica que era produtora de tecidos e que foi forçada a parar de produzir para comprar e receber os tecidos britânicos.




Fonte : www.jurassico.com.br/prof_fernando




Neocolonialismo 2º E.M.B


Neocolonialismo
Nos séculos XV ao XVII houve a expansão colonial causada pela era das navegações. Entre 1880 e 1914, as nações europeias começaram a expandir seu poder industrial dividindo entre si a maior parte das terras do planeta (sim… isso é extremamente sem noção, pois já existiam pessoas morando nessas áreas). Essa expansão industrial deu espaço para surgir uma nova forma de exploração conhecida como Imperialismo ou Neocolonialismo. Esse nome de “NEO” significa que era uma nova roupagem para o colonialismo, inaugurada na época das grandes navegações. No primeiro colonialismo, o objetivo era buscar ouro e prata para os cofres reais das metrópoles, já o neocolonialismo era motivado pelo capitalismo industrial e financeiro. Esse crescimento fez com que pequenas empresas fechassem, e as grandes enfrentassem problemas de falta de compradores para seus produtos e de matérias primas, a solução para isso era dominar novos territórios, procurando unificar a economia. Já o termo imperialismo, designa justamente essa política de dominação do governo de um país sobre o outro. Essa dominação, pode ocorrer de duas formas, a primeira é a dominação territorial, quando um país ocupa o outro por meio de intervenção militar. Já a outra forma, é a dominação econômica, onde um país interfere na vida econômica do país dominado. Legal destacar que esse segundo, é a forma mais desejada pelos países imperialistas e que para justificar essa divisão do mundo pelos países ricos, é obvio que existiram justificativas furadas:
  • Fatores econômicos: Como as empresas estavam esmagando umas as outras nos países industrializados, a solução foi buscar mercados consumidores nos países não industrializados. Além disso, buscavam nesses países fontes de energia para as linhas de montagem das empresas. Como era o caso do carvão e do petróleo.
  • Fatores políticos: O governo usava o imperialismo para aumentar o orgulho dos cidadãos pela nação. O cidadão ficava orgulhoso de fazer parte da nação que estava progredindo frente as demais nações. Algo… sem noção também…
  • Fatores culturais: mais sem noção ainda era a justificativa que o homem branco estava em uma missão civilizadora que levaria aos povos “atrasados” as ciências e as indústrias. Desse sentimento de superioridade, obviamente vinha junto um sentimento de racismo sobre os povos dominados.

Charge mostrando o imperador alemão brigando com a rainha da Grã-Bretanha pelos territórios por ela conquistados.
O colonizador sentia-se a vontade de trabalhar da maneira que quisesse sobre a população dos locais dominados, motivo pelo qual eles sentiam-se tranquilos em usar e violência para obrigar os colonos a cooperarem com a dominação do território. Uma boa estratégia era utilizar inimigos das lideranças locais para administrar os territórios conquistados desde que eles os ajudassem de alguma forma na conquista do território. O principal império colonial existente na época era o Britânico, obviamente, teremos outras nações que vão querer arranjar, à força, uma parcela da África para si, tal como o império francês. Mas teremos alguns exemplos de colonialismo que são desdobramentos da primeira época colonial, tal como Portugal e a Espanha, mas França e o Reino Unido eram donas das maiores porções e terras na África.
Abaixo segue uma breve explicação dos principais casos de imperialismo que serão importantes para entender a Primeira Guerra Mundial:
  • Grã-bretanha: Antes de 1870 a Inglaterra já tinha concessões coloniais na América, na Ásia e na África. Depois disso foi fácil dominar outros territórios. A Grã-Bretanha dominava territórios como a Austrália, Nova Zelândia, O Egito, o Sudão, África do Sul, China e Índia. Em todas essas colônias eles dominavam a produção econômica a força, sempre protegidos pelo seu exército. Se já existia alguma forma de produção industrial eles procuravam derrubar, como foi o caso da Índia que era uma grande produtora de tecidos que teve que parar de produzir para ceder lugar às máquinas têxteis inglesas.
  • França: Era o segundo maior império colonial. Ela começou dominando a Argélia, o Norte da África e com o passar do tempo dominou quase todo o noroeste do continente africano e a Indochina (atual Vietnã). A única diferença dela para as demais nações é que procurava administrar diretamente suas colônias, tentando assimilar os colonizados, por isso ensinava a língua e os costumes para eles.
  • Alemanha: A Alemanha era um aglomerado de reinos independentes que se unificaram muito tarde. Somente em 1879 nasceu a Alemanha e por isso entrou tarde na disputa do Neocolonialismo pegando poucos territórios na África. Apesar de chegar tarde o ritmo de crescimento da Alemanha era assustador, preocupando muito a França e a Grã-Bretanha.
  • Itália: Por fim, a Itália segue o mesmo quadro da Alemanha. O problema é que não estava tão bem em ritmo de crescimento nem de territórios. Ela chegou muito tarde dominando apenas o litoral da Líbia, Eritréia e Somália.
Mapa 1

Divisão neocolonial da África
Mapa 2

Mapa Neocolonialismo na Ásia

Segunda Revolução Industrial 2º E.M.B

Segunda Revolução Industrial
A primeira revolução industrial apresentou a máquina ao mundo, aprofundou  a divisão social do trabalho e revolucionou ao criar a produção em série nas indústrias. Cada país assimilou essas mudanças de uma forma diferente e em um ritmo diferente. Com o passar do tempo, as mudanças apresentadas pela primeira revolução transformaram o mundo novamente. O mundo agora entrava em uma nova era, uma era de oligopólios e do capitalismo financeiro. Uma era onde os países estavam claramente divididos entre os países ricos e industrializados, e, os países consumidores dos excedentes da produção dos países ricos, que além de consumir, serviam para abastecer com fontes de energia e matéria prima, os países industrializados.
A industrialização Alemã
Na primeira metade do século XIX a Alemanha ainda vivenciava a forte presença da produção manual e sua população era de tradição agrícola. Somente em 1862 chega ao sul do país uma inicialização industrial, outros países como a França e a Inglaterra estavam à frente nesta questão. Por esse motivo vemos que a Alemanha industrializou-se um pouco tardiamente, mas ainda assim, no final do século XIX, a Alemanha era o centro de diversos avanços industriais, algumas medidas foram tomadas antes mesmo da unificação do território, porém essas medidas intensificam-se após a unificação sobre o a bandeira do Estado Alemão.  O governo alemão criou medidas que protegeram a agricultura e as empresas nacionais. O objetivo era eliminar a concorrência externa, assim ele aumentava as tarifas alfandegárias sobre produtos importados, como o preço dos importados subiu, o caminho era comprar os nacionais. Essa modernização atingiu também as escolas, formando mão de obra técnica para operar o maquinário industrial que chegava tanto nas fábricas como na produção agrícola.
Expansão Industrial da Rússia
A Rússia vivia anda a era dos Czares que duraria até a Revolução Russa em 1917.  A industrialização ocorreu devido a diversos empréstimos feitos  no exterior para comprar estradas de ferro e instalar empresas (que muitas vezes eram estrangeiras). Essa industrialização teve um preço, maior que os juros dos empréstimos, devido aos grandes empréstimos realizados pelo governo Czarista, a Rússia ganhou uma participação na Primeira Guerra Mundial ao lado de seu principal investidor, a França… e lutou na guerra mesmo quando não tinha mais condições, precisava mostrar sua participação na guerra para seu aliado francês.
Expansão Industrial do Japão
O feudalismo não fugiu da regra europeia no Japão. Mesmo com um imperador, o poder estava nas mãos dos Daimios, que eram os senhores de terra. O Japão já era unificado, mas era necessário ao imperador mostrar seu poderio, assim, com a Revolução Meiji, iniciou uma era de mudanças. O país deixava de ser isolado para fazer contato com o Ocidente, isso serviu para o Japão captar novos mercados consumidores, assim floresciam os Zaibatsus. A palavra Zaibatsu serve para identificar conglomerados industriais ou financeiros, essas grandes empresas estavam sobre controle de poucas famílias, configurava-se assim um oligopólio industrial no Japão.
Industrialização EUA
Para finalizar as novas potências que surgiam, não podemos deixar de falar nos EUA, que teve seu projeto industrial posto em prática após a Guerra de Secessão (ou Gerra Civil). Esse conflito, literalmente serviu para decidir qual o modelo de industrialização que o país iria seguir, assim, com a vitória dos “Nortistas” na guerra, o modelo econômico e industrializado do Norte venceu o modelo político agrário e escravista do sul. Novamente, os EUA, assim como a Alemanha criou leis que protegiam e incentivava a indústria nacional.
O Capitalismo Financeiro
Se antes, eram as famílias que davam sequência ao projetos industriais com recursos próprios, a segunda revolução industrial ensina essas empresas a pedirem empréstimos nos bancos para poder se expandir. O cenário econômico mundial demandava grandes investimentos na obtenção de matéria prima e fontes de energia, era necessário buscar carvão para alimentar as máquinas, navios para transportar as mercadorias, fora os novos e grandes segmentos industriais que estavam surgindo, tal como a extração de petróleo, siderúrgicas e hidroelétricas. Como eram grandes empresas, não tinha como as famílias bancarem sua expansão com recursos próprios, daí a necessidade de contrair empréstimos nos bancos, muitos desses empréstimos eram pagos com a aquisição de ações, assim, os bancos, ao comprar ações compravam “uma parte do controle da empresa”. Começamos a ter bancos que além de trabalhar como bancos…  controlavam diversos setores industriais.
Os Oligopólios
A palavra oligopólio denota que “poucos” detém o controle sobre algum ramos de “atividade comercial”. A segunda revolução industrial ensinou às empresas grandes, a devorar as pequeninhas… as formas mais comuns disso ocorrer eram o truste, o cartel e o holding.
  • Truste -  É quando empresas de um ramo específico se fundem com o objetivos de controlar a produção, os preços e o mercado. Por exemplo, empresa A e a B unem-se, formando uma outra empresa, para assim ter impacto maior sobre o mercado.
  • Cartel – O Cartel mostra um agrupamento de empresas independentes que estabelescem acordos comerciais com o propósito de dividir o mercado e combater a concorrência. Um bom exemplo seria duas redes de combustíveis que combinam de colocar a gasolina ao mesmo preço, ou outro acordo similar.
  • Holding – O Holding ocorre quando uma empresa controla uma série de outras empresas justamente por que tem muitas ações das empresas menores nas suas mãos.
A Segunda revolução industrial serviu para apresentar ao mundo novos países industrializados de maneiras diferentes e em tempos diferentes.  É a era das grandes empresas controladoras de diversas empresas menores, e a era da busca de recursos energéticos e matérias primas em mercados periféricos, para depois vender os mesmo produtos industrializados para os países explorados.

Resumo: Industrialização 2º E.M.B


A INDUSTRIALIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL

As origens do processo de industrialização remontam ao século XVlll, quando na sua segunda metade, emergem na Inglaterra, grande potência daquele período, uma série de transformações de ordem econômica, política, social e técnica, que convencionou-se chamar de Revolução Industrial.
Hoje esse processo já é conhecido como 1ª Revolução Industrial, pois nos séculos XlX, e no XX, novas transformações geraram a emergência das 2ª e 3ª Revoluções Industriais.
As transformações de ordem espacial a partir da indústria foram enormes, podemos citar como exemplo as próprias mudanças ocorridas na Inglaterra do século XlX, onde a indústria associada a modernização do campo, gerou a expulsam de milhares de camponeses em direção das cidades, o que gerou a constituição de cidades industriais que nesse mesmo século ficaram conhecidas como cidades negras, em decorrência da poluição atmosférica gerada pelas indústrias. Além disso, ocorreu uma grande mudança nas relações sociais, as classes sociais do capitalismo ficaram mais claras, de um lado os donos dos meios de produção ( burguesia), que objetivavam em primeiro lugar lucros cada vez maiores, através da exploração da mão de obra dos trabalhadores que ganhavam salários miseráveis, e trabalhavam em condições precárias, esses por sua vez constituindo o chamado proletariado, (classe que vende sua força de trabalho em troca de um salário), que só vieram conseguir melhorias a partir do século XX, e isso fruto de muitas lutas,  através de greves que forçaram os patrões e Estados a concederem benefícios a essa camada da sociedade.
O avanço da indústria, especialmente a partir do século XlX, deu-se em direção de outros países europeus como a França, a Bélgica, a Holanda, a Alemanha, a Itália, e de países fora da Europa, como os EUA na América e o Japão na Ásia, a grosso modo esses países viriam a ser no século vindouro, as potências que iriam dominar o mundo, em especial os EUA, que hoje sem sombra de dúvidas são a maior potência não apenas econômica, industrial, mas também militar do planeta.
A partir do século XX, especialmente após a 2ª Guerra Mundial, países do chamado terceiro mundo, também passaram por processos de industrialização, como é o caso do Brasil. Nesses países foi muito marcante a presença do Estado nacional no processo de industrialização, e das empresas multinacionais (empresas estrangeiras), que impulsionaram esse processo, e fizeram que alguns países da periferia do mundo hoje sejam potências industriais. Só que diferentemente do que ocorreu nos países do mundo desenvolvido, a industrialização não resultou necessariamente na melhoria de vida das populações, ou no desenvolvimento do país, pois esse processo nos países subdesenvolvidos se deu de forma dependente de capitais internacionais, o que gerou um aprofundamento da dependência externa, como o que é expresso através das dívidas externas, além do que, as indústrias que para cá vieram por já serem relativamente modernas não geraram o número de empregos necessários para absorver a mão de obra cada vez mais numerosa que vinha do campo para as cidades, isso fez com que ocorresse um processo de metropolização acelerado, que não foi acompanhado de implantação de infra- estrutura e da geração de empregos, o que gerou um dos maiores problemas dos países subdesenvolvidos hoje o inchaço das grandes cidades, com os problemas decorrentes do mesmo.

A INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
Pensar na origem da indústria no Brasil, tem que se incluir necessariamente, a economia cafeeira desenvolvida no pais durante o século XlX e boa parte do XX, pois ela foi quem deu as bases para o surgimento da indústria no país, que começou a ocorrer ainda na Segunda metade do século XlX. Dentre as contribuições da economia cafeeira para a industrialização, podemos mencionar:
a)       Acumulação de capital necessário para o processo;
b)       Criação de infra-estrutura;
c)       Formação de mercado de consumo;
d)       Mão de obra utilizada, especialmente os migrantes europeus não portugueses, como os italianos.
No início do século XX, a industrialização brasileira ainda era incipiente, era mais vantajoso investir no café, por exemplo, do que na indústria. Com a crise de 1929, o rumo da economia brasileira muda. Com a subida ao poder de Vargas, emerge o pensamento urbano industrial, na chamada era Vargas, o processo de industrialização é impulsionado, com base nas políticas de caráter keynesiano. O intervencionismo estatal na economia é cada vez maior, criam-se empresas estatais como CVRD, Petrobrás, Eletrobrás, etc., com o objetivo de industrializar o país.
No governo de JK, se dá a abertura ao capital internacional, representado pelas empresas multinacionais e pelos enormes empréstimos para o estabelecimento de infra estrutura e de grandes obras como a construção da capital federal no centro do país, no planalto central, Brasília.
Durante a ditadura militar, o Plano de metas de JK é continuado, grandes projetos são estabelecidos, a economia do país chega a tornar-se a oitava do mundo. Durante o chamado milagre brasileiro(1968-1973), a economia brasileira passa a ser uma das que mais cresce, essa festa toda só é parada em decorrência da Crise do petróleo, que se dá a partir de 1973.
A grande contradição desse crescimento se deve ao fato que, por um lado ele foi gerado pelo grande endividamento externo, e por outro através de grande repressão ( vide o AI 5), e arrocho salarial , sobre a classe trabalhadora brasileira, confirmando a tendência de Modernização conservadora da economia nacional.
A partir da década de 90, e da emergência das idéias neoliberais, o processo de industrialização do país toma novo rumo, com a privatização de grande parte das estatais e da abertura cada vez maior da economia do país ao capital internacional, além da retirada de direitos trabalhistas históricos.
Mudanças espaciais também são verificadas na distribuição atual das indústrias no país, pois desde o início da industrialização, a tendência foi de concentração espacial no Centro-sul, especialmente em São Paulo, isso fez com que esse estado se torna-se o grande centro da economia nacional e em decorrência disso recebesse os maiores fluxos migratórios, mas o que se verifica atualmente é que a tendência mundial atual de desconcentração industrial também tem se abalado sobre o Brasil, pois localidades do interior de São Paulo, do Sul do país e até mesmo estados nordestinos começam a receber plantas industriais que em outros tempos se dirigiriam sem sombra de dúvidas para a capital paulista. Esse processo se deve em especial a globalização da economia que tem acirrado a competição entre as empresas, que com isso buscam a redução dos custos de produção buscando produzir onde é mais barato. Esse processo todo tende a redesenhar não apenas o espaço industrial brasileiro, mas de várias áreas do mundo. O mais interessante no caso brasileiro, é que ele não tem enfraquecido o papel de São Paulo como cidade comandante da economia nacional, mas pelo contrário fortalece, pois o que se desconcentra é a produção e não a decisão.

CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS
As indústrias podem ser classificadas com bases em vários critérios, em geral o mais utilizado é o que leva em consideração o tipo e destino do bem produzido:
a)       Indústrias de base: são aquelas que produzem bens que dão a base para o funcionamento de outras indústrias, ou seja, as chamadas matérias primas industrias ou insumos industriais, como o aço.
b)       Indústrias de bens de capital ou intermediárias: são aquelas que produzem equipamentos necessários para o funcionamento de outras indústrias, como as de máquinas.
c)       Indústrias de bens de consumo: são aquelas que produzem bens para o consumidor final, a população comum, elas subdividem-se em:
c.1) Bens duráveis: as que produzem bens para consumo a longo prazo, como automóveis.
c.2) Bens não duráveis: as que produzem bens para consumo em geral imediato, como as de alimentos.
Se levarmos em consideração outros critérios como por exemplo:
1-Maneira de produzir:
a)       Indústrias extrativas;
b)       Indústrias de processamento ou beneficiamento;
c)       Indústria de construção;
d)       Indústria de transformação ou manufatureira.
2-Quantidade de matéria prima e energia utilizadas:
a)       Indústrias leves;
b)       Indústrias pesadas.
3-Tecnologia empregada:
a)       Indústrias tradicionais;
b)       Indústrias dinâmicas.

OS FATORES LOCACIONAIS
Fatores locacionais devem ser entendidos como as vantagens que um determinado local pode oferecer para a instalação de uma indústria.
Podem ser eles:
-          Matéria prima abundante e barata;
-          Mão de obra abundante e barata;
-          Energia abundante e barata;
-          Mercados consumidores;
-          Infra estrutura;
-          Vias de transporte e comunicações;
-          Incentivos fiscais;
-          Legislações fiscais, tributárias e ambientais amenas.
Durante a 1ª Revolução industrial as indústrias inglesas se concentraram nas proximidades das bacias carboníferas, o que fez com que ali surgissem importantes cidades industriais, que ganharam o apelido de cidades negras, isso se deu em decorrência do pequeno desenvolvimento em especial dos meios de transporte. Na 2ª Revolução Industrial do final do século XlX, com o desenvolvimento de novos meios de transporte ( ferrovia) e a utilização de novas fontes de energia ( eletricidade, petróleo, etc.) houve uma maior liberdade na implantação de indústrias que fez com que surgissem novas áreas industriais.
No século XX as metrópoles urbano industriais passaram a concentrar as maiores e mais importantes indústrias, o que as tornou o centro da economia de vários países do planeta, como é o caso da região metropolitana de São Paulo no Brasil, ou do Manufacturing Belt nos EUA. Atualmente a tendência é a da desconcentração industrial, onde as indústrias buscam novos locais onde os custos de produção sejam menores, como ocorre com o chamado Sun Belt nos EUA, ou na relocalização produtiva que estamos verificando no Brasil, isso gera uma mudança significativa dos fluxos migratórios, cidades como São Paulo ou Rio de Janeiro, deixam de ser as maiores captadoras de pessoas, cedendo esse posto para cidades do interior de São Paulo dentre outras localidades.

A TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Na década de 1970, a crise do petróleo fez com que emergisse para o mundo algo que já vinha sendo gerado no decorrer do século XX, a 3ª Revolução Industrial, também chamada de Revolução tecnocientífica informacional.
Esta por sua vez correspondia aos avanços tecnológicos em especial da informação e dos transportes, representado por invenções como por exemplo Internet, e os aviões supersônicos. Os avanços nesses setores tornaram o mundo menor, encurtaram as distâncias e em alguns casos aniquilaram o espaço em relação ao tempo, como o que vemos com a telefonia, dentre tantos outros exemplos.
Tudo isso gerou e tem gerado transformações colossais no espaço geográfico mundial, as indústrias buscam a inovação, investem em novas tecnologias, em especial naquelas que poupem mão de obra como a robótica, o desemprego estrutural se expande. Antigas regiões industriais entram em decadência com o processo de desconcentração industrial, surgem novas regiões industriais. Surge a fábrica global, que se constitui na estratégia utilizada pelas grandes empresas internacionais de produzir se utilizando das vantagens comparativas que oferecem os variados países do mundo. A terceirização, também torna-se algo comum, como o que ocorre com empresas de calçados como a NIKE, que não tem um único operário em linhas de produção, pois não produz apenas compra de empresas menores.
Fruto também da revolução tecnocientífica informacional, surgem os chamados Técnopolos, locais, que podem ser cidades ou até mesmo bairros onde se instalam empresas de alta tecnologia como uma Microsoft, em geral associadas a instituições de pesquisa como universidades. É o caso do Vale do Silício nos EUA, Tsukuba no Japão, e cidades como Campinas e São Carlos no Brasil.      

AS MULTINACIONAIS OU TRANSNACIONAIS
A partir do final do século XlX, começam a surgir os primeiros trustes (modalidade de concentração e centralização do capital), os quais dão origem a empresas multinacionais, que correspondem aquelas que se expandem para além das fronteiras onde surgiram, algumas tornando-se verdadeiras empresas globais, como é o caso da Coca-cola.
A grande arrancada das multinacionais em direção dos países subdesenvolvidos se deu a partir do pós 2ª Guerra mundial, quando várias empresas dos EUA, Europa e Japão, passaram a se aproveitar das vantagens locacionais oferecidas por esses países.
Hoje a presença de multinacionais já faz parte do cotidiano de milhões de pessoas no mundo todo, elas comandam os fluxos internacionais, e em alguns casos chegam a administrar receitas muito superiores a de vários países do mundo.
As maiores multinacionais do mundo são dos EUA, seguidas de japonesas e européias. Empresas desse tipo surgidas em países do mundo subdesenvolvido ainda são poucas, e não tão poderosas como dos primeiros.
No Brasil, a chegada delas se deu, principalmente a partir do governo de JK, que abriu a economia nacional ao capital internacional proporcionando grande internacionalização da economia, por outro lado também beneficiou multinacionais como por exemplo na opção pela via rodoviarista de transportes para o Brasil, que naquele momento atraiu várias multinacionais produtoras de automóveis, mas que condenou os brasileiros a pagarem os custos mais elevados desse tipo de transporte.
Hoje a presença delas no Brasil é muito intensa e numerosa, elas sendo responsáveis por grande parte da drenagem de capitais que saem do país através das remessas de lucros.

MODELOS PRODUTIVOS
( Da Segunda revolução industrial à revolução Técnico-científica).
TAYLORISMO
-          Separação do trabalho por tarefas e níveis hierárquicos.
-          Racionalização da produção.
-          Controle do tempo.
-          Estabelecimento de níveis mínimos de produtividade.
FORDISMO
-          Produção e consumo em massa.
-          Extrema especialização do trabalho.
-          Rígida padronização da produção.
-          Linha de montagem.
PÓS-FORDISMO
-          Estratégias de produção e consumo em escala planetária.
-          Valorização da pesquisa científica.
-          Desenvolvimento de novas tecnologias.
-          Flexibilização dos contratos de trabalho.